domingo, 17 de novembro de 2013

Palestra "Faça Você Mesmo": Como funciona o sistema de produção independente?

Por Valéria Santos

Neste domingo (17), último dia do FIQ 2013, aconteceu a palestra Faça Você Mesmo administrada pelos quadrinistas Marilia Bruno, Gustavo Duarte, Fabio Zimbres, Gabriel Goês e Marcatti. Durante a palestra foi discutido como funciona o sistema de produção independente, onde os artistas contextualizaram o passado e o atual. 


 Segundo os artistas, antigamente o processo de fabricação de uma revista em quadrinhos era mais complexo, pois naquela época a tecnologia era menos acessível e as editoras não demostravam muito interesse pelo trabalho. Ideia essa que é reforçada por Marcartti, que relatou que seus primeiros trabalhos eram divulgados em revistas acadêmicas como a Boca e a Papagaio, que não existem mais. 

Atualmente, eles reconhecem que fazer histórias em quadrinhos ficou cada vez mais fácil, mas reforçam dizendo que muitas editoras têm preconceito para divulgar esse tipo de trabalho. 

Para finalizar, Marcatti disse que "ao fazer um contrato com uma editora deve se tomar o cuidado de dar a ela os direitos autorais porque depois para recuperá-los dói muito mais”.

A Casa dos Quadrinhos

Por Anderson Luciano, Emanuel Gonçalves, Keleton Eduardo, Patrícia Adriely e Valéria Santos 

Foto: Anderson Luciano
A Casa dos Quadrinhos – Escola Técnica de Artes Visuais, está presente em Belo Horizonte e se destaca desde 1999 pelo ensino de Artes Visuais. O estande da instituição está presente no FIQ 2013 e contou com a presença dos profissionais da escola. O professor da Casa, Erick Azevedo, contou como a escola funciona:


Entre os cursos se destacam o Mangá (quadrinho japonês), Anime (animação japonesa), Aerografia, Computação Gráfica 3D, Escultura e Ilustração Digital, além dos já tradicionais cursos de Desenho Básico, Pintura e Ilustração Publicitária e Artística e o  ensino de Histórias em Quadrinhos.


Interessou? O endereço de lá é Av. João Pinheiro, 277, Bairro Funcionários, Belo Horizonte - MG e os telefones são (31) 3224-0040 e (31) 3212-7829.

Fãs no FIQ 2013

Por Anderson Luciano e Emanuel Gonçalves

Foto: Patrícia Adriely
O FIQ também é ponto de encontro entre os fãs e seus artistas preferidos. É o caso de Joseniz Guimarães, de 30 anos, há quatro deles trabalhando com quadrinhos. Fã de George Pérez, ele veio ao FIQ fantasiado de Pirata Psíquico, vilão desenhado por Pérez no arco Crise nas Infinitas Terras, da DC Comics.
  
Segundo Joseniz, a realização do FIQ em BH mostra que a produção de quadrinhos no Brasil não está centralizada apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo. “O FIQ é o maior evento nacional de quadrinhos, quiçá da América. Um evento assim é importante para fortalecer o mercado de quadrinhos, formar um público. Por exemplo, vem uma criançada aqui conhecer os trabalhos e, no futuro, essas crianças podem consumir ou até produzir quadrinhos. Outro ponto positivo é a reunião de autores, já que eles dificilmente se encontram fora de eventos assim. E como há também convidados internacionais, esse intercâmbio fica melhor ainda”, enumera.


Quer saber mais sobre o quadrinista George Pérez? Tá legal, a gente conta!

   
O grande desenhista nasceu nos Estados Unidos em junho de 1954. De família porto-riquenha, começou a desenhar ainda com cinco anos de idade.

Tornou-se conhecido por suas passagens pela Marvel e DC Comics. Seus traços estão em diversos heróis: Quarteto Fantástico, X-Men, Vingadores e Liga da Justiça

Um de seus grandes trabalhos foi Crise nas Infinitas Terras (Crisis on Infinite Earths, no original), criada por Marv Wolfman e desenhada por Pérez. A série teve 12 edições em 1986 é trazia grandes personagens como Super-Homem, Batman, Mulher-Maravilha e Flash. Destaque também para os vilões Pirata Psíquico, Anti-Monitor e Nevasca. Detalhe: Crise nas Infinitas Terras ganhou o prêmio de Série Favorita Limitada, em 1985.

sábado, 16 de novembro de 2013

"Por que quadrinhos?": palestra discute o crescimento do público de HQ

Por Keleton Eduardo 
 
Foto: Colaboração de Marcos Tadeu

Curiosos e amantes de HQs puderam participar na última quarta-feira (13), da palestra “Por que Quadrinhos?”, realizada no auditório Gutemberg Azevedo que contou com a presença dos profissionais, Paulo Ramos, Sonia Luyten, Lucas Ed e Erick Azevedo.

Traços famosos no FIQ 2013

Por Anderson Luciano e Emanuel Gonçalves

Foto: Patrícia Adriely
Um dos traços mais conhecidos do FIQ 2013 é o de Yıldıray Çınar. Nascido em 1976 em Ancara, Turquia, em 1997 ajudou a criar o grupo Capa Comics para o qual ele ainda produz, estabelecendo contato com grandes editoras e publicando trabalhos em revistas turcas.

Çinar reside atualmente em Istambul e mesmo assim produz muito para o mercado norte-americano. Já trabalhou em personagens como Batman, Super-Homem e Novos Titãs. Hoje trabalha desenhando a série Noble Causes, escrita por Jay Faerber, criada em 2004 e baseada na vida de uma família de super-heróis nobres e ricos. O detalhe é que nas histórias existem poucos combates contra vilões, o foco é a vida pessoal dos personagens.

Ficou curioso para conferir o traço de Çinar? Tudo bem, a gente mostra! Dá uma olhada:

Mas e os quadrinhos?

Por Anderson Luciano

As primeiras histórias em quadrinhos datam do final do século XIX. A mais famosa tira dominical, precursora das HQs, é a do personagem Yellow Kid, de Richard Outcault, lançada em 1895. Já no início do século XX, surgem as primeiras histórias tendo animais como personagens, a exemplo do Gato Félix, de Pat Sullivan, e Mickey Mouse, de Walt Disney. A década de 1930, no entanto, foi uma das mais frutíferas para a chamada Nona Arte, já que surgem aí personagens com histórias voltadas para adultos, como Tintin (Hergê), Betty Boop (Max Fleischer), Tarzan (Harold Foster) e Popeye (Elzie Crisler Segar).

Já com vida independente dos jornais, as HQs tornaram-se mais violentas, o que gerou perseguições por parte do governo nos Estados Unidos e na Europa, sobretudo às histórias de super-heróis, na década de 1940. Basta lembrar que em 1938 é publicada pela empresa National Allied Publications (mais tarde DC Comics), a revista Action Comics # 01, que trouxe personagens como Batman, Mulher-Maravilha e Capitão Marvel. O argumento era de que essas histórias influenciavam negativamente os jovens. Nesse contexto, as tirinhas de jornais voltam a crescer com o surgimento de personagens como Asterix, de Albert Uderzo e René Goscinny, e Os Smurfs, de Peyo.

Sob um código de ética criado pelas próprias editoras, os heróis recuperam sua popularidade na década de 1960. À época, a editora Marvel inunda o mercado com seus personagens (Homem-Aranha, Thor, Quarteto Fantástico, entre outros), criados pelos célebres Stan Lee e Jack Kirby.

No Brasil, as HQs americanas sempre exerceram fascínio, mas já em 1905 por aqui surgia a revista O Tico-Tico, criada pelo desenhista Renato de Castro, considerada a primeira revista em quadrinhos brasileira, trazendo Chiquinho, seu personagem de maior sucesso. A partir daí, surgiram vários personagens e revistas nacionais, até que, em 1959, o então repórter da Folha da Manhã, em São Paulo, ofereceu ao jornal uma tira em quadrinhos. Os personagens? Um cãozinho e seu dono: Bidu e Franjinha, dando início a um dos maiores sucessos das HQs no país, a Turma da Mônica.

Clique e confira agora as imagens da exposição Ícones dos Quadrinhos, que reúne interpretações de personagens clássicos dos quadrinhos feitas por artistas de todo o mundo. A exposição é um dos destaques do FIQ 2013!

 
 
 
 
 
 

Professor Erick Azevedo fala da importância da HQ

Por Anderson Luciano, Emanuel Gonçalves, Keleton Eduardo, Patrícia Adriely e Valéria Santos

Foto: Anderson Luciano
O professor da escola Casa dos Quadrinhos, Erick Azevedo, explica o espaço e a importância dos quadrinhos no contexto atual no dia 13, primeiro dia do FIQ 2013. Azevedo desenvolve um trabalho relacionando educação e multimídia mediado pelos quadrinhos desde 1998.


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Mercado atual: como anda a indústria dos quadrinhos?

 Por Keleton Eduardo e Valéria Santos

A indústria de histórias em quadrinhos cresce a cada ano. Por isso, escolas e até universidades já aderem em sua grade curricular disciplinas e pequenos cursos voltados para a área. Afonso Andrade, Sidney Gusman, Jal Ryot e Mitie Taketani foram os conferencistas de “Mercado atual”, palestra que aconteceu no auditório Gutemberg Monteiro no primeiro dia do FIQ 2013.

Foto: Valéria Santos
Ouça o que rolou no debate:

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O painel interativo do FIQ

Por Patrícia Adriely

O painel de desenho instalado perto da portaria do evento está fazendo sucesso! Não havia passado nem dez horas do início do FIQ 2013 e a placa já estava abarrotada de traços feitos pelos visitantes. 

Tem ilustrações grandes, pequenas, minúsculas... As maiores são possíveis de ver na imagem abaixo, mas, e as pequenas? Problema resolvido! É só clicar na imagem abaixo, ativar o zoom com um clique e usar as teclas de navegação (setas) para percorrer pela imagem ampliada. 

Clicou na imagem e ela não carregou? Não se preocupe, ela demora um tempo para aparecer por ser gigante.

Piratas do Tietê em BH

Por Anderson Luciano

Uma das principais criações de Laerte, os Piratas do Tietê apareceram pela primeira vez em 1983, na revista Chiclete com Banana. A revista da editora Circo reunia trabalhos dos cartunistas brasileiros Angeli, Glauco, Luiz Gê, Laerte e alguns artistas estrangeiros, como o americano Robert Crumb.

Ao longo da década de 1980, os Piratas do Tietê apareceram também na revista Circo, ganhando ainda mais popularidade. A partir da década de 1990, a Folha de S. Paulo passou a publicar as tiras do grupo de piratas saqueadores que navegam pelo rio Tietê. O grupo é formado pelo capitão – conhecido como Capitão, seu 1º imediato Jack, além dos outros piratas, caçados por Joe, pai de Rozy.

As tiras dos Piratas do Tietê podem ser vistas também no site oficial de Laerte.

Confira a passagem dos Piratas do Tietê pela fachada da Serraria Souza Pinto, em BH, no FIQ 2013:

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Por que Serraria? Um pouco de história...

Por Valéria Santos
Foto: Anderson Luciano
Hoje conhecida como um dos espaços culturais mais famosos de Belo Horizonte, a Serraria Souza Pinto - localizada próximo ao Parque Municipal da capital, na Avenida Assis Chateaubriand, 809 -, iniciou suas atividades no ano de 1903, na Rua da Estação, 409, atual Avenida dos Andradas. 

Sob o comando de Antônio Garcia de Paiva, a Garcia de Paiva e Cia. tinha como principal atividade a carpintaria, serraria e o fornecimento de materiais para construção civil. Dez anos depois de sua fundação, Garcia tornou-se sócio do seu genro, Augusto de Souza Pinto, e a indústria foi transferida para Avenida Tocantins, atual Assis Chateaubriand, agora com o nome Garcia de Paiva e Pinto

Com o falecimento dos donos, a indústria passou a ser administrada pelos filhos de Souza Pinto, que então mudaram o nome do estabelecimento para Serraria Souza Pinto. Com o declínio da empresa na década de 1960, a Serraria passou a ser patrimônio do Estado de Minas Gerais, a partir de 1968. Finalmente, no dia 29 de abril 1997, a Serraria Souza Pinto foi entregue à população como espaço cultural e atualmente é usado para exposições, shows e outros eventos, como o FIQ.

Onde comer perto do FIQ?

Por Patrícia Adriely

O Festival Internacional de Quadrinhos tem espaço reservado para os comes e bebes. 
Mas se deu aquela vontade de andar pelas ruas em volta da Serraria Souza Pinto para comer algo diferente, veja o mapa. Tem comida chinesa, japonesa, árabe e até restaurante de comida natural!



Visualize o mapa maior aqui.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Cosplay no FIQ 2013!

Por Anderson Luciano
Cosplayers no 5º FIQ, em 2009.
Uma das atrações do FIQ 2013 é o Palco Cosplay, que promete atrair os apaixonados em se vestir como seus personagens favoritos, os cosplayers. Mas como surgiu essa mania?


Worldcon 1939.
A primeira pessoa vestindo uma fantasia em um evento data de 1939, na World Science Fiction Convention, famosa convenção norte-americana de ficção científica. Nela, as pessoas criavam personagens e se vestiam como eles. Daí o termo cosplay, que abrevia costume play. No Japão, a mania se popularizou a partir da década de 1980, mas com uma diferença: os japoneses costumavam se fantasiar como personagens existentes, de anime, por exemplo.


No Brasil, com a chegada do anime Cavaleiros do Zodíaco, na década de 1990, o estilo se espalhou por aqui. De lá para cá, surgiram muitas feiras e convenções voltadas para anime e mangás, popularizando ainda mais a prática.


E se a mania surgiu ligada aos personagens de Star Trek ou Star Wars, hoje inclui personagens de games, livros ou filmes. É comum ver os fãs vestidos a caráter nas estreias de longas populares, como as franquias Harry Potter, Piratas do Caribe ou O Senhor dos Anéis.


Hoje o estilo cosplay conta com uma indústria especializada em produzir acessórios para os apaixonados que gostam de ir aos eventos vestidos como seus personagens favoritos - ou até mesmo participar de concursos específicos. Seja qual for o evento, a mania cosplay é um show à parte.


Fique ligado! Na 8ª edição do FIQ haverá um palco especial, dedicado aos cosplayers, com camarim exclusivo! As fantasias mais criativas e originais serão premiadas. Vale a pena conferir, de 13 a 17 de novembro, na Serraria Souza Pinto, em BH!
 
Local onde irá funcionar a Praça Naumin Aizen, espaço para cosplay e Auditório Gutemberg Monteiro.

Fonte das imagens: 1 2 3

Onde se hospedar durante o FIQ 2013

Por Patrícia Adriely  

Não é de Belo Horizonte e busca algum lugar para se hospedar durante o 8º Festival Internacional de Quadrinhos? Este mapa possui hotéis bem pertinhos do evento, para você não perder nenhum detalhe dos quatro dias do festival. Navegue pelos marcadores e veja mais detalhes.


Clique aqui para ver o mapa maior.

Laerte: o homenageado do FIQ 2013

Por Keleton Eduardo e Patrícia Adriely

Conheça a trajetória do cartunista que será homenageado nesta edição do Festival Internacional de Quadrinhos.
Laerte600

Fique por dentro do FIQ!

Por Patrícia Adriely

O Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) é realizado na cidade de Belo Horizonte a cada dois anos e já foi eleito o principal evento de histórias em quadrinhos no Brasil e da América.  Em 2013 ele completa sua 8ª edição.

O evento gratuito e aberto ao público reúne convidados nacionais e internacionais, exposições, lançamentos, feira de publicações, oficinas, palestras, mesas redondas e outras atividades relacionadas ao mundo dos quadrinhos. 

Navegue pela linha do tempo, clique nos balões e veja um pouco da história das edições deste festival!