As
primeiras histórias em quadrinhos datam do final do século XIX. A mais famosa
tira dominical, precursora das HQs, é a do personagem Yellow Kid, de Richard Outcault, lançada em 1895. Já no início do
século XX, surgem as primeiras histórias tendo animais como personagens, a
exemplo do Gato Félix, de Pat
Sullivan, e Mickey Mouse, de Walt
Disney. A década de 1930, no entanto, foi uma das mais frutíferas para a
chamada Nona Arte, já que surgem aí personagens com histórias voltadas para
adultos, como Tintin (Hergê), Betty Boop (Max Fleischer), Tarzan (Harold Foster) e Popeye (Elzie Crisler Segar).
Já
com vida independente dos jornais, as HQs tornaram-se mais violentas, o que
gerou perseguições por parte do governo nos Estados Unidos e na Europa,
sobretudo às histórias de super-heróis, na década de 1940. Basta lembrar que em
1938 é publicada pela empresa National
Allied Publications (mais tarde DC
Comics), a revista Action Comics # 01,
que trouxe personagens como Batman, Mulher-Maravilha e Capitão Marvel. O argumento era de que essas histórias
influenciavam negativamente os jovens. Nesse contexto, as tirinhas de jornais
voltam a crescer com o surgimento de personagens como Asterix, de Albert Uderzo e René Goscinny, e Os Smurfs, de Peyo.
Sob
um código de ética criado pelas próprias editoras, os heróis recuperam sua
popularidade na década de 1960. À época, a editora Marvel inunda o mercado com seus personagens (Homem-Aranha, Thor, Quarteto Fantástico, entre outros),
criados pelos célebres Stan Lee e Jack Kirby.
No
Brasil, as HQs americanas sempre exerceram fascínio, mas já em 1905 por aqui
surgia a revista O Tico-Tico, criada
pelo desenhista Renato de Castro, considerada a primeira revista em quadrinhos
brasileira, trazendo Chiquinho, seu
personagem de maior sucesso. A partir daí, surgiram vários personagens e
revistas nacionais, até que, em 1959, o então repórter da Folha da Manhã, em São Paulo, ofereceu ao jornal uma tira em
quadrinhos. Os personagens? Um cãozinho e seu dono: Bidu e Franjinha, dando
início a um dos maiores sucessos das HQs no país, a Turma da Mônica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário